" Quanto mais as coisas mudam, mais elas ficam iguais. "

sábado, 3 de outubro de 2009

pomos da discórdia.

Tantas preocupações e deveres da vida cotidiana, nos levam a pensar constantemente em questões que nos seduzem diariamente, um desejo incontrolável e apaixonante pelo materialismo, afinal, dinheiro sempre é muito bem vindo, uma incessante pergunta que fazemos inconscientemente, "o que vamos fazer no fim de semana?" ou talvez questões ainda mais sentimentais, como quando vou encontrar verdadeiramente o amor de minha vida, se é que isso realmente é possível em um tempo onde nem mesmo você se suporta, mas o mais interessante de tudo isso, é que agimos na maioria das vezes, em questões tão importantes como estas e outras, sem pensar, apenas deixamos as marés da vida nos levar, como já dizia uma velha história da cultura oriental, sobre um homem e um cavalo, o cavalo está galopando rapidamente e parece que o homem que cavalga se dirige a algum lugar importante, outro homem em pé ao lado da estrada grita: " Aonde você está indo?" e o homem que cavalga responde: "Não sei, pergunte ao cavalo" (Thich Nhat Hanh). E infelizmente muitos de nós nem se dão conta deste assunto e se deixam levar por qualquer proposta que lhe seja tentadora. Outra questão também muito complexa é sobre a religião, que foi até hoje dentro da história, um dos assuntos que mais causou desavença entre os povos, o ser humano nada mais é do que fruto do meio em que se encontra, nós brasileiros colonizados por europeus cristãos fanáticos, raramente seremos islâmicos ou hindus, talvez se esses europeus não fossem tão doentios na época e não destruíssem toda a cultura Maia religiosa por exemplo, hoje em dia supostamente estariamos acreditando em Gucumatz, Huracán e Tepeu (deuses Maias) ao invés de Jesus.
O mundo em que vivemos, com mais de 4,6 bilhões de anos, onde nós conhecemos muito vagamente 3.500 anos disso, é muito fácil tirar conclusões preciptadas sobre a vida, como já dizia o astrônomo e cientista Carl Sagan, as crenças dos homens não se baseiam em evidências, e sim numa profunda necessidade de acreditar, o ser humano não consegue descrer, não consegue viver sem ter algo maior, esta tese mesmo do "eu acredito" de cada um de nós, (pois cada um tem sua crença), é completamente individualista, egocêntrica e vaga, a verdade é que nós infelizmente temos preguiça de pensar, simplesmente nos agarramos a primeira ideologia que nos é dada. A dúvida sempre foi uma dádiva, sem ela não conheceriamos nada do que sabemos, talvez, sem ela, estariamos nas árvores até hoje. O universo é infinitamente imenso, se pegassemos todos os grãos de areia de todas as praias do mundo, ainda não daria as estrelas do céu (de acordo com o documenario Cosmos), se nós, Homo Sapiens, "seres racionais", nos preocupassemos um pouco mais em explorar esse gigante, em vez de gastar toda nossa tecnologia, tempo e paciência, haja paciência, em richas e desavenças infantis de poder, status, e "ver quem é o mais forte", poderiamos, talvez, ser um povo evoluído e não só figurativamente racional, a evolução do ser humano como homem tem que ter continuidade, não podemos parar no tempo, a curiosidade tem que ser morta e os desejos saciados.



quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma crítica ao consumismo.

Em minha sincera opnião, o ser humano é mais do que se possa imaginar um "fruto do meio em que vive", e nós, simples mortais condenados a viver nessa geração onde o "ter é ser" ( não que isso tenha brotado somente em nossa geração ), mas com a influência de tudo o que nos circunda, somos a geração da informação, do conhecimento, do consumismo desenfreado, do desejo de possuir, maior então, até mesmo que o desejo de ser, mas aí nos perguntamos: Por que não há uma igualdade no mundo? Porque não deixamos nossa ganância de lado e dividimos as riquezas entre os povos?
Mas aí é que tá, se isso realmente acontecesse, o ser humano é tão individualista e egocêntrico que não acharia graça nenhuma em ter uma mansão e um carro importado com todos os outros tendo o mesmo que ele, o ser humano quer mais, quer ser superior, quer ter o que ninguém tem e ser o que ninguém é, por isso essa hipótese em meu ponto de vista é simplesmente impossível, não posso falar em consumismo sem deixar de citar uma das maiores críticas do cinema a ele, o filme Clube da Luta, um dos melhores filmes em minha opinião, onde conta a vida de Jack (Edward Norton) , preso ao padrão social de consumo, onde os objetivos de sua vida ficam presos no "ter": Qual o tipo de jogo de jantar que me define como pessoa?
Então, ele descobre o seu "alter ego", (o ser que temos dentro de nós e que gostariamos de ser, porém não somos por medo ou por ter que obedecer as regras sociais) Tyler Durden (Brad Pitt), há várias passagens reflexivas e muito interessantes: "o ser humano não está nem um pouco preocupado com taxa de mortalidade infantil ou criminalidade, tudo o que ele se importa é ter marcas importadas nas cuecas e uma TV de 500 canais na sala. As coisas que você possui, acabam te possuindo". E, em outras partes do filme: "Você, não é o seu emprego, não é seu carro, não é seu dinheiro, a televisão nos fez acreditar que seriamos milionários, deuses do cinema e astros do Rock, mas não somos e estamos muito revoltados com isso."Sem dúvida uma obra-prima dos cinemas para um público pensante.
O capitalismo hoje em dia nos dá a sensação de poder jamais almejada por outros meios, de ser o que almejar e ter o que desejar, mas creio que a filosofia budista por muitas vezes esta certa, "a nossa mente é como um mar revoltado, e é necessário ter um completo auto-controle sobre sí mesmo, aprender a se apegar mas também aprender a deixar ir embora, em todas as situações da vida, e o principal, aprender a acalmar as ondas desse mar tão perturbado pelos desejos insaciáveis de poder.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Asch e o conformismo



O conformismo do ser humano em relação ao meio em que ele vive é muito grande, sua forma de opnar por muitas vezes fica entregue as opiniões alheias, o que prova que por mais que seja simples as resoluções, você infelizmente procura a aprovação de terceiros e se vê completamente mais satisfeito em agradar todo o grupo do que contraria-los.
Esta experiência feita por Solomon Asch demonstra como o indivíduo é facilmente manipulado pela opinião do grupo, resumidamente, esta experiência é bem simples e qualquer criança saberia responder, Asch convida 6 pessoas a fazer esta experiência, porém, somente uma é o ser experimental, ou seja, Asch combina com 5 pessoas para dar respostas corretas a princípio e depois de algumas rodadas, respostas erradas e semelhantes para ver qual a reacção do sexto elemento,(que, no caso desse vídeo é o quinto da esquerda para a direita) se ele vai acompanhar o grupo no erro, ou irá contraria-los, resultado:

* 50% dos indivíduos experimentais não contrariam o grupo;

* apenas 25% dos indivíduos contrariaram o grupo e deram respostas corretas;

* 33% seria então, a taxa de conformidade.

Asch entrevistou os indivíduos logo após o teste, e a maioria dizia estar ansioso, ou não queria simplesmente contrariar o grupo, uma taxa mínima dizia que pensava estar realmente certa aquela opção.

Este é o teste:
Os indivíduos simplesmente tem que dizer a qual das letras à direita a figura da esquerda é semelhante, o que está mais do que óbvio nesta imagem que a resposta correta é a letra C.


Solomon Asch nasceu na Polônia em 1907, mudou com sua família para os Estados Unidos em 1920, formou em doutorado em Psicologia em 1932 e estudava como a mente humana se deixa levar pelas opiniões alheias, esta pesquisa foi feita na década de 50, é bom salientar que estava num período onde as telecomunicações começam a evoluir e influenciar bruscamente as opiniões de toda população.

*Obs.: O vídeo está em inglês, mas é facilmente interpretado.