" Quanto mais as coisas mudam, mais elas ficam iguais. "

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma crítica ao consumismo.

Em minha sincera opnião, o ser humano é mais do que se possa imaginar um "fruto do meio em que vive", e nós, simples mortais condenados a viver nessa geração onde o "ter é ser" ( não que isso tenha brotado somente em nossa geração ), mas com a influência de tudo o que nos circunda, somos a geração da informação, do conhecimento, do consumismo desenfreado, do desejo de possuir, maior então, até mesmo que o desejo de ser, mas aí nos perguntamos: Por que não há uma igualdade no mundo? Porque não deixamos nossa ganância de lado e dividimos as riquezas entre os povos?
Mas aí é que tá, se isso realmente acontecesse, o ser humano é tão individualista e egocêntrico que não acharia graça nenhuma em ter uma mansão e um carro importado com todos os outros tendo o mesmo que ele, o ser humano quer mais, quer ser superior, quer ter o que ninguém tem e ser o que ninguém é, por isso essa hipótese em meu ponto de vista é simplesmente impossível, não posso falar em consumismo sem deixar de citar uma das maiores críticas do cinema a ele, o filme Clube da Luta, um dos melhores filmes em minha opinião, onde conta a vida de Jack (Edward Norton) , preso ao padrão social de consumo, onde os objetivos de sua vida ficam presos no "ter": Qual o tipo de jogo de jantar que me define como pessoa?
Então, ele descobre o seu "alter ego", (o ser que temos dentro de nós e que gostariamos de ser, porém não somos por medo ou por ter que obedecer as regras sociais) Tyler Durden (Brad Pitt), há várias passagens reflexivas e muito interessantes: "o ser humano não está nem um pouco preocupado com taxa de mortalidade infantil ou criminalidade, tudo o que ele se importa é ter marcas importadas nas cuecas e uma TV de 500 canais na sala. As coisas que você possui, acabam te possuindo". E, em outras partes do filme: "Você, não é o seu emprego, não é seu carro, não é seu dinheiro, a televisão nos fez acreditar que seriamos milionários, deuses do cinema e astros do Rock, mas não somos e estamos muito revoltados com isso."Sem dúvida uma obra-prima dos cinemas para um público pensante.
O capitalismo hoje em dia nos dá a sensação de poder jamais almejada por outros meios, de ser o que almejar e ter o que desejar, mas creio que a filosofia budista por muitas vezes esta certa, "a nossa mente é como um mar revoltado, e é necessário ter um completo auto-controle sobre sí mesmo, aprender a se apegar mas também aprender a deixar ir embora, em todas as situações da vida, e o principal, aprender a acalmar as ondas desse mar tão perturbado pelos desejos insaciáveis de poder.

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